O brasileiro está mais confiante em relação à economia do país e isso é perceptível pela sua intenção de compra

A pesquisa Global Consumer Insight Survey 2018, que define tendências e características de consumo em 27 países, indica que 21% dos brasileiros realizam compras online semanalmente, maior índice registrado desde 2014 pela consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC). Isso reforça que o consumo por meio da internet vem crescendo ano a ano. Em paralelo, há outras tendências no consumo, como o recente crescimento das lojas físicas.

Ao todo, a PwC entrevistou 22 mil pessoas entre agosto e outubro de 2017. No Brasil, o único da América Latina entre os analisados, foram 1.001 entrevistados. 41% dos respondentes fazem uso de celulares para suas compras, sejam elas diárias, semanais ou mensais. Nos tablets, são 30% e, nos computadores, 58%. Para Alexandre Horta, diretor da PwC Brasil, o aumento na demanda por produtos pela internet demonstra a melhora na oferta por parte dos varejistas. Além disso, há um amadurecimento na oferta e um aumento no número de players no mercado, o que ajuda no aumento da confiança nas compras online.

Em uma análise das quatro principais características do consumo no Brasil em 2018, segundo a PwC, observamos que:

Compras via mobile cresceram, mas lojas físicas também registram novo crescimento

A PwC dividiu a experiência de compras em quatro canais: lojas físicas, computadores, tablets e mobile (celulares). Destas, entre 2016 e 2017 apenas mobile teve aumento na frequência de compras dos usuários, de 30% a 31%; as demais apresentavam quedas crescentes desde 2015. Porém, isso mudou nos dados de 2018: todas as divisões tiveram aumento da frequência de compras pelo consumidor, com destaque para as lojas físicas, que são um canal de consumo para 61% dos respondentes. Um grande exemplo é o investimento em lojas físicas pela Amazon e a Alibaba mediante parcerias com outras redes.

Otimismo faz crescer intenção de compras

O brasileiro está mais confiante em relação à economia do país e isso é perceptível pela sua intenção de compra. 70% dos entrevistados dizem que esperavam manter ou aumentar seus gastos em 2018, ao passo que 77% esperavam que a economia brasileira se mantivesse estável ou melhore neste período. Horta acredita que estamos saindo de um processo de recessão de pouco mais de três anos e destacou que em escala global o mundo viveu em recessão entre 2008 e 2014, ou seja, faz quatro anos que o mercado tem evoluído. No Brasil, foi preciso apenas um ano após o período crítico para que as pessoas já se tornassem mais otimistas, enquanto norte-americanos, por exemplo, ainda estavam cautelosos.

Gastos com produtos e experiências são iguais

Considerando a renda disponível para os respondentes, eles afirmam investir o mesmo montante em produtos e experiências. No Brasil, esta taxa é de 50% para cada opção, sendo que, em escala global, as pessoas destinam 55% para os bens físicos. A prioridade dos brasileiros na hora de investir em experiências está em gastar seu dinheiro em ações individuais, o famoso “tempo para mim mesmo”. 37% dizem que este é o motivo pelo qual fizeram este tipo de investimento.

Em todas as categorias de produtos, o consumo do brasileiro aumentou

Se o brasileiro consome mais online, ele o faz em todas as categorias analisadas pelos pesquisadores. Comparando os dados de 2018 com os de 2014, o número de consumidores que fizeram todas ou a maior parte de suas compras via internet subiu 16% em vestuário e calçados, livros, músicas, filmes e videogames. A internet, aliás, é a principal fonte de compras para 34% dos que consomem livros, músicas, filmes e videogames e para 27% dos que compram equipamentos eletrônicos. Nas outras categorias, a preferência pela compra online é: saúde e beleza (24%), vestuário e calçados (22%), móveis e utensílios domésticos (18%), equipamentos esportivos (18%), brinquedos (16%), eletrodomésticos (19%), joias e relógios (15%) e alimentos (13%).

Considerando a oferta variada de serviços, vemos o desempenho do franchising nacional, que possibilita ao consumidor uma ampla carteira de lojas e tipos de serviços. Há diversos formatos de lojas, seja em pontos de rua, em quiosques, ou mais alternativos como postos de gasolina. Essa diversidade tem impulsionado a retomada econômica do setor, o que possibilitou um crescimento de cerca de 7% do faturamento em 2018, grande parte por inovação no setor e a melhora no índice de confiança que cresceu 94%.

Para 2019, a expectativa é de crescimento de até 10% no faturamento. Neste movimento de crescimento e diversidade de modelos de negócios físicos e digitais, temos como exemplo o Grupo Acerte, com a Quality Lavanderia e Laundry 4 You, redes de lavanderias com diferenciais alternados. A Quality Lavanderia é especialista na limpeza de roupas especiais, enxoval de bebê, peças finas, peças delicadas, itens da casa, com planos, serviço de delivery e outros serviços que atendem as necessidades da família. Já a Laundry 4 You é um modelo para condomínios, dedicado à limpeza express de roupas do dia a dia com gerenciamento 100% online via aplicativo, substituindo o uso de fichas por cartões individuais RFID. Seja online ou física, há ótimas experiências de consumo de serviços, acompanhando os diferentes comportamentos dos consumidores brasileiros.

Fonte Mundo RH por Danielle Dennys
Imagem: Depositphotos

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