Campanha Nursing Now reforça importância de profissionais que são 50% da força de trabalho mundial na saúde.

O Conselho Internacional de Enfermeiros e a Organização Mundial da Saúde (OMS) preparam as comemorações para o Ano Internacional da Enfermagem em 2020, com a Campanha Global Nursing Now, que pretende valorizar a profissão para melhorar os indicadores vitais de saúde. A campanha no Brasil será lançada oficialmente amanhã, em Brasília, e terá como tema central “O impacto das contribuições de enfermagem para os sistemas de saúde”. Haverá o lançamento regional da Campanha na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP, com o apoio do Conselho Federal de Enfermagem, sobre o tema “Nursing Now Brasil: do fortalecimento de políticas e sistemas de saúde à valorização do cuidado à pessoa humana”. O Jornal da USP no Ar conversou sobre o assunto com a professora Isabel Amélia Costa Mendes, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP e coordenadora do Grupo de Trabalho Nursing Now Brasil.

Margareth Chan, diretora da OMS, declarou que a enfermagem é como a espinha dorsal do sistema de saúde. De acordo com a professora Isabel, essa frase advém do fato de que mais de 50% da força de trabalho em saúde é constituída por enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Ela complementa: “Sem enfermagem, o sistema de saúde não tem como manter o seu atendimento, a sua proposta de qualidade. Por isso ela é, na constituição do sistema, considerada essencial. Não só pelo tipo de trabalho que desenvolve, mas também pelo quantitativo”. No Brasil, existem mais de 2 milhões de profissionais de enfermagem. No mundo, são 23 milhões.

A Campanha Global Nursing Now acontece até 2020, ano centenário de Florence Nightingale, enfermeira britânica responsável pela enfermagem profissional. Além do aspecto histórico, o ano que vem também “representa a visão de instituições internacionais de enfermagem de saúde ou de economia e saúde que enxergam que a companhia e cobertura de acesso universal à saúde está em fase avançada de superação”, afirma a professora. Em um escopo de prevenção de doenças, a enfermagem é indispensável, daí a importância de valorizar a profissão. Para Isabel, “os  governos devem entender o emprego de enfermeiros não como custo, mas um investimento para o desenvolvimento sustentável”. Ao valorizar a enfermagem, é possível atingir metas de saúde, de desenvolvimento econômico e de igualdade de gênero. As duas primeiras relacionadas com “a melhora da clientela de serviços de saúde”, a última em decorrência de ser uma profissão majoritariamente feminina.

Fonte: Jornal da USP – Por Caroline Aragak – Editorias: Atualidades, Rádio USP, Jornal da USP no Ar

Imagem: Pixabay

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