As dinâmicas para idosos são alternativas que mostram como é possível ser feliz, desenvolver competências, ir em busca dos seus objetivos e muito mais mesmo depois dos 60. Qualidade de vida não tem idade, mesmo que algumas pessoas possam pensar o contrário.
O pessoal da terceira idade pode não ter a mesma disposição ou preparo físico de outros tempos, no entanto, certamente, possui muito mais conhecimento e vivência que os mais novos e isso conta muito ao favor deles.
É claro que ao longo dos anos algumas habilidades vão se desgastando, tarefas corriqueiras passam a ser realizadas com um pouco mais de dificuldade. Ainda assim, aqueles que conseguem manter a mente e o corpo em atividade sentem menos determinados sintomas.
Quer saber como as dinâmicas para idosos podem ajudar nesse sentido? Então, se liga que este artigo pode interessar você. Boa leitura!
O que são dinâmicas para idosos?
Dinâmicas para idosos são atividades lúdicas voltadas para o pessoal da terceira idade. Elas possuem toda uma metodologia que dá uma atenção específica para esse tipo de público. Cada grupo que participa de uma dinâmica possui características próprias, que devem ser levadas em conta na hora de pensar e programar a brincadeira.
Com os idosos não é diferente. Por isso a importância de ter um planejamento dedicado a eles. Assim, os objetivos têm muito mais chances de serem alcançados.
Para que serve a dinâmica para idosos?
As dinâmicas voltadas para a terceira idade podem ser usadas para diversos fins. É possível usá-las, por exemplo, para trabalhar a autoestima dos idosos. Não é raro que, com o passar dos anos, o idoso comece a se sentir mais para baixo. Sua aparência já não é mais a mesma, não se consegue fazer as mesmas atividades e com isso a vaidade fica abalada. Mas não para por aí.
Nossos avôs e avós tendem a ir se excluindo cada vez mais. Por mais que necessitem de mais ajuda e atenção, eles sentem que estão incomodando os demais e, assim, acabam silenciando frente determinadas necessidades.
Outra vantagem para os idosos que participam de uma dinâmica em grupo é o aprimoramento de certas habilidades, como a memória, por exemplo. Atividades lúdicas ajudam a trabalhar essa competência tão importante. Assim como o foco, a tolerância, a criatividade e muitas outras.
Qual a importância das dinâmicas para idosos?
As dinâmicas para idosos são muito importantes pois fazem com que os velhinhos se deem conta de que é sim possível ser feliz independentemente da data que consta em suas certidões de nascimento.
Nunca é tarde demais para ser feliz. Além disso, essas atividades em grupo são ótimas oportunidades para se compartilhar experiências.
A terceira idade adora contar histórias. Vai dizer que você nunca passou horas ouvindo seu avô narrar, de maneira saudosa, algum episódio da infância dele? Então, por que eles mesmos não trocarem ideias entre si?
Se não bastassem essas razões, as dinâmicas podem trazer ganhos comportamentais e sentimentais aos idosos, especialmente ao instigar e trabalhar o corpo e a mente.
Por falar em corpo e mente, essas brincadeiras podem ajudar também em questões físicas, como problemas de locomoção e promoção de alongamentos.
Benefícios das dinâmicas para idosos
Como vimos, existem diversos porquês e vantagens que podem levar um idoso a praticar uma dinâmica com uma metodologia voltada para ele. Mas, para não deixar nenhuma, dúvida, fizemos uma lista de benefícios que prometem deixar esses pontos positivos ainda mais claros:
Atua em problemas pontuais, como falta de memória e baixa autoestima, por exemplo:
Permite o autoconhecimento
Aproxima os idosos de seus objetivos
Trabalha questões físicas também, como dificuldades de locomoção, entre outros
Favorece a troca de experiências com pessoas da mesma faixa etária
Ajuda a superar limitações e traumas
Mostra que não há limite de idade para ser feliz.
Nove exemplos de dinâmicas para idosos
Depois de tanta teoria, o que você acha de conhecer alguns exemplos práticos de dinâmicas para idosos?
São diferentes atividades com finalidades também distintas, confira:
Dança do conhecimento
Calma, ninguém precisa ser um pé de valsa para participar dessa dinâmica, por mais que o título possa levar alguém a pensar isso. A dança do conhecimento é, além de um bom exercício para trabalhar as questões físicas, uma forma de promover a integração entre o público da terceira idade. Para dar início ao baile, você vai precisar fazer as vezes de DJ e escolher uma playlist adequada para a ocasião. O ideal é ser o mais eclético possível para agradar a todos os gostos. Mas, se possível, dê mais atenção aos grandes sucessos do passado que, provavelmente, marcaram época na vida dos vovôs e vovós.
Após o sinal do orientador, os idosos devem formar duplas e, assim que o música começar, a dança também tem início. Ao mesmo tempo em que ensaiam passos para lá e para cá, cada casal deve conversar entre si.
O tema é livre, está liberado tocar em qualquer assunto, tanto que seja confortável para as duas partes envolvidas e que a sinceridade impere.
Mesmo que o papo esteja bom, não esqueça que o objetivo é que todos possam se conhecer melhor, então, ao término de cada canção, os pares devem ser trocados. Nada impede que, após a dinâmica, as trocas continuem. A atividade pode funcionar apenas como um ponto de partida para a criação de novos vínculos.
Memória viva
Infelizmente, junto com a idade chegam os problemas relacionados com a memória. Esquecimento e repetição de informações então entre os males mais frequentes. Mas existe uma maneira de tentar combater esses lapsos e brancos. Quanto mais trabalho damos a nossa mente, maiores são as chances de aumentar o seu desenvolvimento. A dinâmica da memória viva é uma forma interessante de colocar a cabeça para funcionar.
Você já pode começar a exercitando ao tentar decorar tudo o que vai ser necessário para a atividade: um recipiente que não seja transparente, objetos variados, papel, caneta e mesa para apoio.
Com todos os objetos escondidos dentro do recipiente escuro, o orientador deve, aos poucos, ir chamando um por um dos idosos e os convidando a tirarem um item do interior da caixa.
Todo o objeto que for retirado deve ter seu nome gritado e, em seguida, ser colocado sob a mesa de apoio. Quando não restar mais nenhum item dentro do recipiente, o organizador do jogo deve dar um tempo aos integrantes para que eles observem pela última vez a mesa, antes dos itens serem colocados de volta à caixa.
Feito isso, os idosos devem escrever no papel todos os objetos que conseguirem lembrar. Para contar os pontos de maneira mais fácil, um item por vez pode ser tirado da caixa.
Brincando de massinha
Colocar a cabeça para funcionar não ajuda somente a memória, como acabamos de ver, mas também a desenvolver a criatividade. Na dinâmica brincando com as massinhas, os idosos vão poder recriar experiências do passado ou inventar histórias totalmente fictícias de um modo lúdico e divertido.
Para a atividade, os únicos materiais extras necessários são massinhas de modelar de diferentes cores. A brincadeira começa com o organizador distribuindo as massinhas para os participantes e determinando a eles um tempo mínimo para pensar em uma história, que depois, chegado o momento, deve ser contada com o auxílio dos objetos de modelar.
Daí para frente, não existe mais regras. Está liberado soltar a imaginação e criar as situações mais divertidas e inusitadas.
Quanto mais criativa for a narrativa, melhor.
Construindo a vida
Essa atividade lembra bastante a anterior, mas além de trabalhar a criatividade, ela também enaltece a importância do trabalho em equipe. Para brincar de construindo a vida, você vai precisar de folhas de papel coloridas, tintas plásticas e pincéis.
O jogo começa com o organizador solicitando aos participantes que escolham uma folha com a sua cor preferida e, em seguida, que todos decidam, em conjunto um tema para a pintura.
Chegado ao consenso, cada um deve desenhar apenas dois elementos em sua cartolina e depois ir passando para que outros possam completar a gravura.
A dinâmica termina quando todos receberem os seus desenhos de volta com a colaboração dos demais. Será que o resultado final ficou coerente?
Para tornar a atividade ainda mais interessante e reforçar a reflexão, pode ser feita uma rodada de conversas para que cada um explique porque escolheu pintar determinado elemento.
Bexigas sentimentais
Em qualquer idade é importante compreender os nossos sentimentos. Não é porque alguém passou dos 60 que seria diferente. Com a dinâmica das bexigas sentimentais é possível colocar essas emoções para fora e, junto com os demais participantes, buscar as suas explicações e os seus motivos. Para jogar, tudo o que você vai precisar são bexigas coloridas cheias e pincéis atômicos.
Depois de feita a preparação, o organizador deve solicitar aos idosos que eles escolham uma bexiga pela cor, baseado no que estão sentindo. Na sequência, cada um deve desenhar um rosto no balão, com feições que representem o seu estado de ânimo atual.
No final, todos devem explicar os porquês de suas escolhas. Por exemplo, digamos que um participante tenha pego uma bexiga vermelha e tenha pintado uma cara zangada.
Então, ela deve dizer os motivos que a levaram a definir essa representação.
Amigo secreto milionário
Você certamente já brincou de amigo secreto ao menos alguma vez na sua vida. Aqui, a dinâmica é parecida mas não segue aqueles critérios de determinar um valor máximo para a compra dos presentes – como muitas das brincadeiras estipulam.
Na verdade, no amigo secreto milionário, não há sequer uma lembrancinha real. É tudo fictício, exceto os sentimentos. Isso serve para que as pessoas valorizem muito mais as intenções, as atitudes em si, do que propriamente os bens físicos.
A metodologia da brincadeira é basicamente a mesma do modelo tradicional. Cada um escolhe um papel, que contém o nome do amigo secreto, e precisa dar dicas para que outros tentem adivinhar de quem se trata.
A grande diferença vem agora: quando descobrirem o amigo secreto, ao invés de entregar o presente, a pessoa deve dizer o que deseja para ele, o que ele merece ganhar e porquê.
Para quem você tira o chapéu?
Diferente da maioria das dinâmicas até aqui, esta atividade não tem com principal objetivo trabalhar a interação do participante com as demais pessoas. O que ela visa é resgatar uma competência que se refere muito mais a respeito de nós mesmos e que acaba se desgastando com o passar do tempo: a autoestima.
Com o jogo “para quem você tira o chapéu?” a proposta é alterar essa realidade e fazer com que os idosos voltem a se ver com bons olhos. Para colocar brincar, os únicos objetos extras necessários vão ser um chapéu com um espelho preso dentro.
Sob as ordens do responsável, uma roda é montada e o boné é entregue a um integrante que deve dar início a dinâmica. Ele deve responder se tira o chapéu para quem está refletido naquele objeto.
Mas não vale uma resposta simples. É preciso defender o posicionamento com argumentos. Essa postura vai favorecer a auto-reflexão e fazer com que a pessoa valorize o que tem de positivo, qualidades que nem o tempo apaga.
O objetivo é que todo mundo que participa da dinâmica tenha a oportunidade de contar sobre as suas experiências, suas virtudes e fraquezas de peito aberto, sem medo de julgamentos.
Objeto pessoal
Os idosos costumam ser pessoas apegadas com o seu passado. Sempre vai existir algum objetivo querido que traga uma lembrança positiva. O objetivo dessa dinâmica está relacionado com isso e com uma habilidade muito importante: o comprometimento, algo que devemos levar para a vida toda.
Para jogar, cada um deve trazer para o encontro um item pessoal de valor afetivo que tenha em sua casa . Então, como se fosse um amigo secreto, um sorteio é realizado para que se saiba quem vai ficar com qual objeto do colega.
Durante um período determinado, as pessoas devem tomar conta e descobrir mais informações à respeito do item para o outro. Quando o prazo terminar, cada um deve contar as suas experiências e descobertas em um evento de confraternização.
Qual é o seu talento?
Ao longo de uma vida inteira é bem possível que os idosos tenham oferecido diferentes tipos de contribuição para a sociedade. Não necessariamente com a sua atuação profissional em si, mas com algum hobby, talento ou dom que inspirou outras pessoas. O objetivo dessa dinâmica é justamente resgatar algumas dessas produções com o intuito de levantar uma autoestima que pode vir a estar adormecida.
Assim, no próximo encontro da turma da terceira idade, combine de cada um trazer as medalhas que conquistou em algum esporte, suas manufaturas, fotos de espetáculos de dança e música que participou, ou qualquer outra lembrança que remete a um talento.
Junto com essas memórias físicas, é importante levar junto as recordações afetivas também, que são as mais importantes.
Fonte: SBCoaching por SBCoaching
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