Seja qual for o porte ou segmento de uma empresa, realizar atividades financeiras de um negócio não é uma tarefa simples. É preciso lidar com inúmeros valores, custos e preços de maneira cuidadosa, afinal, um único erro pode provocar um grande prejuízo para a organização. Por isso, saber se determinada ação será um gasto ou investimento é essencial.

Sem conhecer essa diferença, é praticamente impossível realizar de forma eficiente algumas funções importantes, como o detalhamento das movimentações mensais, análise financeira do desempenho e avaliação dos resultados de uma empresa, por exemplo.

Além disso, esse domínio pode fazer toda a diferença na definição de seu planejamento estratégico e no modo como você toma as decisões em seu negócio. Por isso, preparamos   estas explicações e fundamentos que podem auxiliar na sua compreensão sobre a distinção entre gasto e investimento.

O que são gastos?

Do ponto de vista contábil e empresarial, os gastos são todas as saídas de dinheiro realizadas pela empresa visando a manutenção do espaço, aumento dos lucros e a ampliação de recursos como matéria-prima, mão de obra, maquinário e outros. Isto é, tudo o que a organização emprega para realizar sua atividade fim.

Porém, se alguma quantia for destinada para pagar uma atividade inesperada ou completar algum custo ou despesa que excedeu o que já havia sido planejado, esse item também é considerado um gasto, ou seja, são os valores que não estavam previstos no orçamento ou planejamento, mas que precisam ser empregados para dar continuidade às atividades.

Como são elementos de natureza imprevisível, esses tipos de gastos não podem ser repassados para o cliente no preço final do produto. Portanto, a existência de um gasto imprevisto sempre será considerada prejuízo para a empresa.

Aplicar uma visão analítica e estratégica desses dados ajuda no processo de identificação de tendências de crescimento e, ainda, garante a vida útil e a saúde financeira do empreendimento.

Dentro do contexto de gastos, existem os custos e as despesas. Confira, a seguir, as diferenças entre eles.

Despesas

As despesas compreendem todos os valores desembolsados pela organização para manter a estrutura mínima necessária para o funcionamento de suas atividades, além dos gastos relacionados com a administração da empresa e sem relação direta com o objetivo final do negócio. As despesas podem ser classificadas como fixas e variáveis.

As fixas são aquelas que não sofrem variações, mesmo que o faturamento mude de um mês para o outro. Podem ser definidas como despesas constantes no caixa da corporação, isto é, ainda que não haja receita, elas deverão ser quitadas.

Podem ser consideradas despesas fixas contas como água, luz, aluguel, telefonia e internet, por exemplo. Algumas podem até apresentar variações de valores, no entanto, como elas sempre terão que ser pagas, precisam constar em seu orçamento fixo.

Já as despesas variáveis estão diretamente ligadas ao custo do produto e podem variar de acordo com o faturamento da empresa. Nesse grupo estão gastos como frete, impostos e comissões sobre as vendas, por exemplo. Como são instáveis, não fazem parte das estimativas.

Custos

São os gastos atribuídos ao produto final, ou seja, todos os desembolsos relativos à aquisição ou produção de mercadorias, como mão de obra, matéria-prima e demais gastos gerais de fabricação — energia elétrica, manutenção e depreciação de máquinas e equipamentos, entre outros.

Os custos são essenciais para o funcionamento de qualquer tipo de negócio, afinal, eles estão relacionados diretamente com a operação da empresa. Assim, se a intenção do empresário for aumentar o número de bens produzidos ou serviços oferecidos, provavelmente ele precisará aumentar os próprios custos.

Assim como as despesas, eles dividem-se em dois grupos: diretos e indiretos. Os diretos são os mais fáceis de identificar, já que estão ligados de maneira direta à produção do produto ou serviço oferecido pela empresa, como insumos e mão de obra.

Já os custos indiretos também estão relacionados à produção do bem, porém, de maneira indireta. São itens como logística, manutenção, limpeza, almoxarifado e demais gastos que não incidem diretamente sobre a mercadoria em si.

Importância da classificação dos gastos

Identificar cada um dos gastos não deve ser considerado uma mera formalidade contábil. Ao contrário, a classificação é essencial para analisar os números da empresa. Dessa forma, é possível verificar se as despesas estão de acordo com o mercado e reconhecer possíveis erros nos processos do seu negócio.

Além disso, você pode identificar se os custos estão muito elevados, já que esse é um sinal claro de que a organização possui uma estrutura superior ao seu volume de vendas. Nesse caso, será preciso reestruturar as operações ou encontrar maneiras de alavancar as vendas. Assim, conquistar um crescimento saudável da empresa será um processo muito mais adequado e eficiente.

Para entender melhor se certa decisão implicará em um gasto ou investimento, confira, a seguir, as definições do próximo conteúdo.

O que são investimentos?

Os investimentos podem ser definidos como os gastos realizados nas empresas com o objetivo de aumentar as receitas ou melhorar a imagem da organização. Isto é, eles sempre são praticados com a intenção de obter algum retorno.

Para diferenciar um gasto ou investimento com mais facilidade, basta realizar uma simples pergunta: essa despesa irá agregar valor para o meu negócio? Se a resposta for sim, então trata-se de um investimento.

É fundamental entender que todo investimento irá demandar custos iniciais à empresa, porém, a intenção é recuperar esse valor em médio ou longo prazo por meio da expansão da capacidade de produção do empreendimento. Com o passar dos anos, além de se pagar, o investimento irá gerar lucros maiores que os conquistados antes dele.

No entanto, para que não se torne um gasto desnecessário, nem se transforme em uma dívida inesperada, é preciso muito estudo antes de ser colocado em prática.

Objetivos

O principal objetivo de um investimento é gerar benefícios que possam ampliar os resultados e os lucros da empresa, como a redução de custos ou o aumento da produção por meio da modernização ou expansão dos processos e componentes do negócio.

Além de aumentar a receita, os investimentos podem ser realizados com o propósito de melhorar a imagem da corporação.

Itens

Em algumas situações, os gestores podem se confundir entre o que é despesa e o que é investimento. Para ajudar na diferenciação, vamos citar um exemplo: se você for fazer a reforma do prédio onde está instalada a empresa, mantendo o que já existia antes, o gasto será definido como uma despesa com manutenção.

Já se a reforma for realizada para ampliar a área ou o patrimônio da organização, então esse gasto é um investimento. Outros exemplos de investimentos são cursos de capacitação para os funcionários ou compras de máquinas e equipamentos.

Eles se aplicam tanto à aquisição de novos bens para ampliar a capacidade produtiva da corporação, quanto à aplicação de valores em produtos financeiros que possam aumentar a riqueza do negócio.

No entanto, se você tem dúvidas sobre o retorno que cada investimento poderá trazer ao empreendimento, verifique se eles vão gerar um retorno financeiro maior por meio do aumento da produção de mercadorias ou da produtividade dos funcionários. Em caso positivo, não perca tempo e invista na ideia.

Tão importante quanto entender se determinada decisão significa um gasto ou investimento é identificar, categorizar e mensurar todas as movimentações financeiras da empresa para conquistar o crescimento e os resultados desejados. Afinal, uma gestão financeira eficiente é um fator determinante para o sucesso de qualquer tipo de negócio.

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Flávio Salles.

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