Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, em conceito atualizado em 2002, “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.”
É difícil falar de morte quando o conceito de vida está ligado diretamente ao conceito de vitória, ao mesmo tempo em que a morte significa fracasso, tanto para os profissionais quanto para as famílias dos doentes.
A morte é um ciclo da vida
Cada enfermeiro tenha uma percepção única quanto aos cuidados paliativos. Existe desconforto ao lidar com a morte, seja ela iminente ou esperada. Na maioria das vezes, o sentimento de angústia, impotência e derrota toma conta do profissional e de toda a equipe que presenciou a luta da pessoa que se foi.
Apesar desses sentimentos serem inevitáveis, o tabu da morte precisa acabar para que novas perspectivas melhorem os últimos dias de vida dos pacientes em fase terminal. Os cuidados paliativos transformam o “pesadelo” da morte em algo natural, que faz parte de um ciclo vital e que fará com que o paciente tenha a vida o mais ativa possível dentro do seu quadro, com o mínimo de sofrimento.
Objetivo real
Os cuidados paliativos não envolvem acelerar ou adiar a morte. São medidas para os doentes e as suas famílias obterem uma experiência tranquila em detrimento da tristeza de passar por um momento difícil, que é a doença crônica onde já não há mais possibilidade de cura.
Existe, inclusive, um manual criado em 2007 pela OMS que visa melhorar a qualidade de vida dos doentes por meio de tratamentos que controlem a dor, o estresse, e todos os sintomas de enfraquecimento.
Medidas no mundo todo
No segundo de sábado de outubro, é comemorado o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos. A data foi criada para chamar a atenção para as pessoas em sofrimento em todo mundo, e lembrar que todos merecem uma morte digna e sem dor.
Na ocasião, várias instituições do mundo todo preparam campanhas especiais de conscientização. Vale a pena repensar como é feito o tratamento de doenças crônicas e como a equipe multidisciplinar deve agir diante da situação de morte inevitável.
Fonte: Enfermagem de Conteúdo
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